:: Tribunal de Contas - MT

Educação e Ética são primordiais para o desenvolvimento do Brasil

01/07/2011 14:00

 

O acesso a um ensino de qualidade deveria ser encarado não apenas como uma questão de direito constitucional, mas como uma estratégia fundamental para o desenvolvimento do Brasil. O tema foi amplamente discutido durante o Fórum Consciência Cidadã, realizado ontem pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso e debatido pelo economista Gustavo Ioschpe. Em sua palestra, o mestre em Desenvolvimento Econômico e Economia Internacional traçou um crítico cenário da educação no Brasil, localizando o país em posições sempre inferiores no quadro educacional mundial. “Segundo a Unesco, 75% da população brasileira não consegue interpretar um texto simples”, disse. Segundo ele, o aprendizado é deficiente no ensino fundamental e médio e o percentual de matrículas em nível superior insignificante. Enquanto no mundo alguns países se preparam para a universalização do ensino superior, o Brasil comemora o ensino fundamental universal.

Ioschpe fez uma análise do que ele definiu como Escola Eficaz, mostrando o que dá resultado, o que estatisticamente é insignificante e apontou práticas de ensino que dão certo. Conforme o conferencista, diferente do que se pensam, as pesquisas indicam que questões como infraestrutura em ordem nas escolas têm mais apelo que melhores salários para os professores. O ponto polêmico da palestra foi a defesa da sua proposta de afixar na porta de cada escola a “nota” (de 1 a 10) do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Ética e Moral

Convidado para a palestra magna do Fórum Consciência Cidadã, o economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca brindou o público que perseverou por mais de seis horas de debates com uma brilhante abordagem sobre ética e moral - primeiro diferenciando os dois conceitos – normalmente confundidos como se sinônimos fossem. Depois, mostrou como a ética vai corrigindo a moral.

Clareadas as dúvidas, Giannetti citou o brasileiro e o Brasil nesse contexto de análise. Mostrou a dificuldade de grande parte da população em lidar com o que é público e o que é privado, se comportar no que é individual e o que é coletivo. Usou, inclusive, o trânsito para mostrar um quadro comportamental brasileiro. O economista chamou ainda o público para fazer uma reflexão. Primeiro, convidou a todos para olhar o passado e identificar aquilo que atualmente é visto como comportamentos absurdos moral e eticamente, porém aceitos àquela época. Depois, disse que seriamos vistos no futuro, daqui a 50 anos, em situação como nosso relacionamento com a natureza, como cuidados dos idosos etc. Ressaltou ao final, a responsabilidade de Mato Grosso com a sustentabilidade e a preservação da espécie humana.

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